A Fundação Santa Casa ao longo dos últimos anos tem sido fundamental para a formação de profissionais na área de Saúde. A instituição é uma das pioneiras na implantação de programas de residência médica no Estado. Além de ser um hospital é uma escola que aprimora profissionais para o mercado de trabalho.
A maior parte desses profissionais são admitidos Brasil afora, o que contribui para a ampliação dos valorosos serviços de saúde à população brasileira. Neste mês de novembro, 38 médicos residentes da instituição fizeram a apresentação de seus trabalhos de conclusão de residência.
Vitória Bonneterre, médica residente em Clínica médica, relata que sempre conheceu a Santa Casa pelos seus anos de histórias e sua consolidação como um dos centros de referência em cuidado e educação médica, oferecendo programas de residência que aliam a teoria com a prática. “Ao entrar na residência, tive um amplo contato com diversas especialidades, o que me permitiu adquirir conhecimento de forma completa e diversificada, além de contar com um corpo docente maravilhoso que transmite não apenas conhecimentos técnicos, mas também valores humanos”.
“A Santa Casa se tornou um dos pontos mais importantes para minha formação como profissional médica, transmitindo competência técnica, humanismo e dedicação à promoção da saúde e bem estar dos pacientes. E apresentar meu Trabalho de Conclusão de Residência foi um momento significativamente marcante na minha trajetória, com muitas emoções e desafios, resultado de muito estudo e dedicação. E é claro que nada disso teria sido possível sem a orientação da minha orientadora e da minha banca”. Destaca Vitória.
Nelma Machado, médica coordenadora das UTIs adultos da Santa Casa e preceptora da Residência Médica para Medicina Intensiva, diz que a Residência é um dos pilares mais importantes da formação médica. “Ela proporciona um treinamento prático e intensivo sobre supervisão de professores, supervisão de equipes técnicas, não só da parte médica, mas de toda uma equipe multidisciplinar, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais e na Santa Casa a gente faz questão que a Residência tenha um caráter totalmente multidisciplinar, transdisciplinar para que esses médicos saiam informados sobre todas as suas competências”.
“Entre elas há de saber se comunicar e de fazer uma tomada de liderança, uma tomada de decisão junto à equipe. Então durante o período da residência eles desenvolvem competências clínicas e técnicas. Eles fortalecem a tomada de decisão e ganham essa experiência transdisciplinar que é riquíssima para que eles sejam profissionais mais humanos mais integrados à comunidade, além de aprenderem a gerir o estresse e a ter resiliência diante das situações que possam acontecer na prática, no dia a dia, junto às famílias, junto às situações clínicas dos pacientes”. Exemplifica a médica Nelma Machado.
Érika Gomes Cavalcante, diretora de Ensino Pesquisa e Extensão (DEPE), informa que a instituição é um centro de formação importante na região amazônica. “Os médicos permanecem na instituição de dois a três anos anos, em um processo contínuo de aperfeiçoamento e capacitação técnica. A jornada de apresentação dos trabalhos de conclusão da residência médica é um momento importante de validação e socialização dos trabalhos científicos desenvolvidos por esses médicos durante sua pós graduação”.
“É um ganho para a comunidade científica mas sobretudo aos pacientes, os quais colhem os frutos da melhoria na assistência através de produções baseadas em evidências”, destaca a diretora.
O presidente da Fundação Santa Casa, Bruno Carmona, destaca que a Santa Casa do Pará, assim como as demais Santas Casas do Brasil e do mundo, tem um forte histórico de formação de médicos e enfermeiros. E a instituição paraense está inserida nesse cenário com todos os seus programas vinculados, credenciados e aprovados regularmente pelo Ministério da Educação e regidos pela Comissão Nacional de Residência Médica e na Comissão Nacional de Residência Multiprofissional.
“Nós temos a capacidade de formar médicos em grau de especialista e anualmente são disponibilizadas 59 vagas credenciadas, em nível federal, para doze especialidades. É uma média significativa por conta de um hospital desse tamanho, dessa envergadura, cujas políticas de saúde pública e perfil de atendimento estão bem definidos pela Sespa”, ressalta Bruno.
“Durante a assistência nós aconselhamos sempre treinar profissionais para os momentos vindouros, para momentos futuros e entregar à sociedade profissionais altamente capacitados. E o governo do estado tem estimulado a formação de profissionais da saúde, em grau de especialista, não só na Santa Casa como nas demais instituições da área da Saúde, entre os quais o hospital Ophir Loyola, hospital de Clínicas, dentre outros. Mas a Santa Casa é sem dúvida um dos pólos de sucesso dessa ação, o que muito nos deixa alegre em formar excelentes profissionais e entregar cada vez mais saúde de qualidade, além de um atendimento de qualidade e segura à nossa população”, afirma o gestor.
Qualificação na Saúde- Além da Residência Médica, a Fundação Santa Casa oferece vagas em 12 programas e absorve anualmente cerca de 60 médicos por ano. Também, tem a Residência Multiprofissional que todo ano seleciona 36 profissionais da área da saúde, assim como o Mestrado Profissional que oferta 12 vagas/ano. Desde o início da residência médica, a Santa Casa já formou 830 profissionais. Atualmente, são 124 residentes matriculados.
Seleção -Para fazer residência médica na Fundação Santa Casa é necessário se inscrever no processo seletivo, conduzido pela Universidade Estadual do Pará (UEPA).
A Uepa abriu inscrições on-line para o Processo Seletivo Unificado (PSU) dos Programas de Residência Médica (PRM). A inscrição vai até o próximo sábado (30) e as atividades começam em 2025. São 213 vagas, sendo 186 na Região Metropolitana de Belém e 27 em Santarém, região do oeste do Pará.